Canteiro central. Avenida Pedro Taques - Maringá- PR. Foto por Rafael Marri e Maria Bornia |
Jessica Lisboa 29/09/2015
A
Secretaria do Meio Ambiente de Maringá (SEMA) voltou a discutir sobre o Plano
Diretor de Arborização da cidade. O órgão, há nove anos vem criando planos e
projetos para as árvores que atraem turistas, movimentam o comércio e preocupam
os moradores, porém estes projetos são mantidos em segundo plano e nunca saem
do papel.
Estudantes
universitários que receberam apoio da Prefeitura, há nove anos elaboraram o
“Censo da Árvore”, em que houve a coleta de 90% delas. Este censo analisou
desde a espécie que estava plantada até se havia necessidade, ou não, do corte
ou poda. Após a pesquisa finalizada, os dados coletados foram entregues ao
ex-secretário do Meio Ambiente, José Croce Filho. Ele disse que o inventário
florestal urbano iria agilizar a implementação da lei, que logo entraria em
vigor, porém isso não aconteceu.
No
mesmo ano, empresários, munícipes e a Prefeitura se uniram e criaram o
Instituto da Árvore, que tem como missão preservar e cultivar o verde, um dos
principais pontos de referência da Cidade Canção. A atuação do Instituto
somente ocorreu no ano de inauguração (2006), quando promoveu plantio de
árvores nativas, ações educacionais e palestras. O plano somente ficou nestas
ações, pois a Prefeitura, um dos maiores investidores do Projeto, não cumpriu
com a promessa de ajudar nas despesas. Assim, o Instituto da Árvore só existe
atualmente no papel, pois não há sede, nem verbas para continuar com a ideia original.
As árvores, que
tanto atraem visitantes à cidade, também assustam os maringaenses, resultando
em diversos transtornos aos cidadãos em época
de chuva. O estudante Lucas Takesiro viveu esse drama
na pele, pois a árvore em frente à sua residência foi derrubada pela chuva
forte e o vento. Lucas encaminhou um pedido para a prefeitura no ano de 2013, e
só recebeu resposta em abril deste ano. “A
prefeitura encaminhou um técnico para avaliar a árvore. Ele falou que a árvore
não oferecia risco de queda. Após quatro meses, ela caiu. - diz. O
estudante conclui que se a cidade já tivesse um Plano de Arborização, muitos
problemas seriam evitados.
Em
entrevista ao blog Natureco, o atual secretário do Meio Ambiente, Umberto
Crispim, afirma que o Plano Diretor de Arborização é primordial para o município,
que conta com mais de 150 mil árvores. “A cidade
tem hoje a necessidade de uma política permanente de manutenção e ampliação das
árvores no perímetro urbano”- diz. Crispim afirma ainda que a Secretaria
tem ciência dos antigos projetos que contaram com o apoio e que nunca saíram do
papel, porém, assegura que este Plano Diretor já está sendo encaminhado e irá
entrar em vigor no primeiro semestre do próximo ano.
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Projeto que nunca sai do papel
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Oleh
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