terça-feira, 29 de setembro de 2015

Projeto que nunca sai do papel




Canteiro central. Avenida Pedro Taques - Maringá- PR. Foto por Rafael Marri e Maria Bornia

  • Após nove anos de espera, Plano Diretor de Arborização entrará em vigor em 2016.



Jessica Lisboa 29/09/2015

A Secretaria do Meio Ambiente de Maringá (SEMA) voltou a discutir sobre o Plano Diretor de Arborização da cidade. O órgão, há nove anos vem criando planos e projetos para as árvores que atraem turistas, movimentam o comércio e preocupam os moradores, porém estes projetos são mantidos em segundo plano e nunca saem do papel.
Estudantes universitários que receberam apoio da Prefeitura, há nove anos elaboraram o “Censo da Árvore”, em que houve a coleta de 90% delas. Este censo analisou desde a espécie que estava plantada até se havia necessidade, ou não, do corte ou poda. Após a pesquisa finalizada, os dados coletados foram entregues ao ex-secretário do Meio Ambiente, José Croce Filho. Ele disse que o inventário florestal urbano iria agilizar a implementação da lei, que logo entraria em vigor, porém isso não aconteceu.
No mesmo ano, empresários, munícipes e a Prefeitura se uniram e criaram o Instituto da Árvore, que tem como missão preservar e cultivar o verde, um dos principais pontos de referência da Cidade Canção. A atuação do Instituto somente ocorreu no ano de inauguração (2006), quando promoveu plantio de árvores nativas, ações educacionais e palestras. O plano somente ficou nestas ações, pois a Prefeitura, um dos maiores investidores do Projeto, não cumpriu com a promessa de ajudar nas despesas. Assim, o Instituto da Árvore só existe atualmente no papel, pois não há sede, nem verbas para continuar com a ideia original.
As árvores, que tanto atraem visitantes à cidade, também assustam os maringaenses, resultando em diversos transtornos aos cidadãos em época de chuva. O estudante Lucas Takesiro viveu esse drama na pele, pois a árvore em frente à sua residência foi derrubada pela chuva forte e o vento. Lucas encaminhou um pedido para a prefeitura no ano de 2013, e só recebeu resposta em abril deste ano. “A prefeitura encaminhou um técnico para avaliar a árvore. Ele falou que a árvore não oferecia risco de queda. Após quatro meses, ela caiu. - diz. O estudante conclui que se a cidade já tivesse um Plano de Arborização, muitos problemas seriam evitados.
Em entrevista ao blog Natureco, o atual secretário do Meio Ambiente, Umberto Crispim, afirma que o Plano Diretor de Arborização é primordial para o município, que conta com mais de 150 mil árvores. “A cidade tem hoje a necessidade de uma política permanente de manutenção e ampliação das árvores no perímetro urbano”- diz. Crispim afirma ainda que a Secretaria tem ciência dos antigos projetos que contaram com o apoio e que nunca saíram do papel, porém, assegura que este Plano Diretor já está sendo encaminhado e irá entrar em vigor no primeiro semestre do próximo ano.

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Oleh

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